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Lizete de Paula, terapeuta Floral
Dirigiu a Florescentia de 2003 a 2006, distribuindo florais e organizou cursos e  o 1°.  e  2°. CONFLOR. Na sua gestão  como presidente da Rioflor (2008/2010) idealizou o Jornal Girassol. Foi presidente do Conaflor.

Facilitadora do curso de Florais de Bach Healingherbs e Araretama. Professora do Curso de Especialização em Terapia Floral Hesfa/UFRJ e do curso de Formação de Terapeuta Floral da Rioflor.

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Por Josué Bittencourt

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Entrevista com Lizete de Paula

 

 

Lizete, você já foi a precursora de muitas iniciativas dentro da RioFlor, incluindo o jornal Girassol dentro desse todo. Hoje você está em outro estado realizando um trabalho de SOS Florais.

 

Mesmo depois de tanto tempo vivenciando os florais, como você percebe essa nova etapa na Bahia?

Lizete:

Depois de uma participação intensa na Rioflor desde sua criação, encerrando um mandato de presidente, já em plena pandemia, 2020, decidi não mais participar da diretoria. Apesar de ter um  carinho enorme pela Associação, senti que era tempo de buscar algo novo, uma necessidade de mudar e uma vontade grande de sair do Rio, cidade amada e escolhida por mim para viver.  Ter um contato maior com a natureza, diminuir o ritmo e experimentar um viver com menos responsabilidades, em um lugar menor. Apesar de não ser fácil deixar para trás , pessoas queridas  como familiares, amigos, uma casa onde morei por 40 anos, no meu bairro preferido, Laranjeiras. Como dizia minha mãe, um bichinho carpinteiro começou a me provocar e eu aceitei a provocação. A pandemia tinha me mostrado que eu queria e poderia fazer essa  experiência. Assim, escolhi um lugar que eu e minhas filhas frequentávamos há muitos anos.  Um povoado , uma vila no sul da Bahia, Vila de Santo André, uma  praia e um rio lindos. Os florais, claro, seguiriam comigo. Atender online, dar cursos também, mas com certeza de modo mais tranquilo e , se possível divulgar por aqui a Terapia Floral. Não conseguiria fazer diferente. Os florais são minha paixão e cuidar das pessoas com eles, meu propósito e quem sabe, missão...

Aqui, no município de Cabrália tem um movimento muito grande das PICS,   mas poucas pessoas conheciam os florais. Fui sendo envolvida com as pessoas das PICS  da Secretaria de Saúde e acabei dando um curso de formação em Florais de Bach a um grupo de funcionárias. Esse curso,  foi disponibilizado pela Luciana Chammas da Healing Florais (Curso Social e o certificado). Agradeço a ela a parceria de sempre. Esse curso (o Universo está sempre atento e ajuda nas sincronias), terminou em fevereiro e três meses depois tivemos essas enchentes muito fortes no sul da Bahia. Querendo ajudar a população do município de Cabrália. Entrei em contato com Célia Gouvêa, presidente do Conaflor, para mobilizarmos o SOS Florais, no que fui prontamente atendida, e a doação de vários sistemas florais e ajuda das associações foram chegando. Temos uma equipe da Saúde e apoio da secretaria e começamos os atendimentos. Gratidão enorme aos que de longe sempre se sensibilizam e participam amorosamente com suas doações.  Essa é a minha nova etapa de vida na Bahia.

 

O projeto SOS Florais é um projeto pontual que tem a alcunha de intervir no momento de gravidade. Esse momento de gravidade foi visto em Petrópolis quando a cidade ficou devastada pelas chuvas, e você em conjunto com Celia Gouvêa, Vera Gondim, Maria Gloria Coelho entre outras Terapeutas Florais, foram ao encontro de quem precisava. Conta um pouco dessa experiência?

Lizete:

Os eventos da Serra Fluminense em 2011 (em Petrópolis, Teresópolis e Friburgo) nos mobilizou e a todos pela gravidade do ocorrido nas três cidades. Eu era naquele momento, presidente do Conaflor e vice-presidente da Rioflor  e com a presidente Rosângela Teixeira e toda a diretoria, da qual fazia parte Célia Gouvêa (hoje, presidente da Rioflor e do Conaflor), sentimos que tínhamos que  ajudar. Em Petrópolis, um grupo de terapeutas, coordenado por Vera Gondim e apoio da Rioflor e Conaflor, fez um trabalho extraordinário, que acabou dando subsídios, com seu relatório para uma proposta na Câmara de Vereadores para implementar a Terapia Floral no município. Depois de muita luta, isso foi conseguido alguns anos depois sempre com a presença marcante de Vera Gondim e apoio da Rioflor.     Duas outras equipes foram formadas em Friburgo e Teresópolis, com muito sucesso também na ajuda aos atingidos, e em Friburgo, o trabalho prosseguiu por muitos anos. Em Teresópolis fizemos encontros com a subsecretária de saúde  para atendimento no Posto de Saúde. Chegamos a atender aí, a Força Nacional, que fora mobilizada para ajudar nos resgates.    Tivemos a ajuda de terapeutas, pesquisadores do Brasil e internacionais, farmácias e pessoas comuns. Foi um movimento gigantesco e generoso. A Terapia Floral foi um presente divino para os atingidos, com resultados maravilhosos.  A partir dessa experiência difícil, dolorida, mas  de um grande crescimento pessoal e coletivo, para todos que participaram,  o Conaflor resolveu criar o projeto SOS Florais para situações semelhantes. Assim foi com enchentes em S. Francisco, RS, a Boate Kiss, em Porto Alegre, Mariana e Brumadinho em Minas, e agora, Santa Cruz Cabrália.  Estar podendo participar desse projeto que ajuda a resgatar as pessoas, com suas  almas tão feridas, trazendo o conforto de um acolhimento amoroso e as gotas dessas essências, que como uma bênção vão restituindo o equilíbrio e a vontade de viver em quem perdeu tudo, é muito gratificante e sou grata à por estar aqui nesse momento e poder contar com todo esse apoio de fora e da equipe maravilhosa local.

 

Hoje você está vivendo na Bahia e mesmo assim começou um novo projeto de Terapia Floral. Lizete, como foi esse chamado?

Lizete:

Acho que  respondi essa pergunta já na primeira. Sei, entretanto que quando sua alma escolhe um caminho, e eu escolhi há mais de 30 anos  trilhar o lindo caminho das flores, mesmo que você tente se esquivar em algum momento, por achar que seria bom ter novas experiências, a vida de alguma forma te recoloca no caminho. E não me nego nem me negarei nunca a esse chamado. E tem uma música do Cat Stevens, que eu amo, Silent Sunlight, que diz em um trecho:                                                                               

Don’t ever look behind at the work you’ve done                           

For your work has just begun                                                                      

There’llbe the evening in the end                                                                                        

But till that time arrives                                                                    

You can rest your eyes                                                                                      

And begin again               

 

( Nunca olhe para atrás para o trabalho que você fez; porque seu trabalho apenas começou; haverá a noite, no final; mas até essa hora chegar; você pode descansar seus olhos; e começar de novo.)

 

Dentro do SOS Floral, são vários os casos abordados. Você poderia dizer se existiu algum paciente que não reagiu ao tratamento? Qual foi o motivo?

Lizete:

São mesmo muitas as questões que poderiam ser abordados, mas esse é um momento de crise.  São muitos pessoas para serem atendidas e não é possível o atendimento individualizado.

Preparamos essências SOS, onde procuramos tratar a situação imediata.  Florais emergenciais, fórmulas para pânico, estresse, ansiedade, resgate, ânimo. Aqui em Cabrália temos a oportunidade de atender um dia no CAPS.  As pessoas que atendidas coletivamente com as fórmulas SOS se quiserem ter um atendimento individualizado e continuar sendo atendidas, são orientadas a procurar o CAPS.  O que percebemos com o SOS, uma melhora imediata na sensação de abandono a uma situação que eles não dominam.  Um alívio à pressão no peito e por conta da angústia e desespero. Quase todos estão vivendo o estresse pós-traumático. As pessoas que não reagem a esses atendimentos, em geral ou não tomam direito o floral ou estão resistentes a tomá-lo. Mas por aqui, por enquanto não temos visto. As pessoas voltam querendo mais e se dizendo menos angustiadas. Desde que conheci os florais, acreditei no que disse o Dr. Bach, que essa era a medicina do futuro.  Continuo vendo assim. As sementes plantadas nesse nosso solo brasileiro, tem mostrado que por aqui "em se plantando, tudo dá". Vendo os florais chegando às pessoas que mais necessitam, chegando ao SUS, sinto uma alegria enorme.  

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Como você enxerga o futuro da terapia Floral aqui no Brasil?

Lizete: O futuro da Terapia Floral será brilhante, como está sendo no presente. Essas gotas de bênçãos podendo chegar à maioria da população para lhe trazer força, fé, esperança e a possibilidade de uma transformação em suas vidas, tornando-as mais harmônicas e com mais saúde é tudo que desejo e vislumbro. E viva o SOS Florais e viva o SUS!!!

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Entreista realizada por Josué Bittencourt, carioca, pós- graduado pelas faculdade Cândido Mendes e Unileya. Atua no mercado com sua empresa Arte Foto Design é proprietário do site de conteúdo Linkezine.  Jornalista / Registro Profissional: MTb : 0041561/RJ

www.linkezine.com.br

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